Nasceu em agosto a primeira bezerra do Projeto +Leite+Sólidos da empresa de laticínios Verde Campo. O projeto tem o objetivo de melhorar os índices de sólidos do leite – incluindo a proteína – e potencializar o seu valor industrial (melhora no rendimento na fabricação de derivados) e melhorar suas condições logísticas (menor volume de água). A valorização do leite por sólidos ocorre em mercados como Europa, Nova Zelândia e até mesmo nosso vizinho Uruguai. O intuito é elevar o percentual de proteína do leite dos atuais 3,20% para 3,40% em cinco anos e para 3,55% até 2027. O teor de proteína no leite na Nova Zelândia, de onde vem a base genética do gado para o projeto, é de cerca de 3,70%.
O aumento no teor de sólidos do leite ocorrerá por meio do melhoramento do rebanho da região Sul de Minas. Por isso, a Verde Campo buscou a genética neozelandesa para seus produtores, por meio da inseminação e transferência de embriões das raças Holandesa, Jersey e Kiwi Cross. Em agosto nasceu a primeira bezerra deste projeto. Entre fevereiro e junho do ano passado, 1,8 mil vacas e cem produtores foram selecionados e cadastrados e, no fim de setembro, foram iniciadas as inseminações artificiais. A expectativa inicial é chegar a cerca de 900 bezerras resultantes da primeira geração do projeto. Os produtores participantes do projeto e que estejam em dia com a Certificação de Boas Práticas de Produção, recebem um incentivo na política de preço do leite para estimular ainda mais a adesão ao programa, além de assistência veterinária especializada que qualifica a propriedade para receber a genética, por meio de trabalho sanitário, reprodutivo, nutricional e do manejo das bezerras.
É uma nova fase para a indústria, que terá um rendimento diferenciado e um pagamento do leite em consideração aos sólidos, e para o consumidor, que hoje busca produtos com maior valor agregado, um leite com melhor valor nutricional.
Fonte: Milkpoint