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1ª Mesa redonda: Os bastidores do prato: projetando a cadeia de alimentos para o futuro

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Os bastidores do prato reservam muitos desafios, principalmente para conduzir o
futuro da cadeia alimentar. Quais serão as tendências? Quais serão as formas de
consumo dos alimentos para os próximos anos?

Atualmente, a sociedade está passando por uma conscientização sobre as
práticas alimentares, principalmente quando falamos sobre o consumo de carne. A
produção contemporânea de alimentos enfrenta problemas para a sua sustentação, pois o
processo para manter criação de animais perpassa por obstáculos do meio ambiente,
como a falta de espaço de produção, a escassez de água, poluição e tantos outros
problemas que afetam o ecossistema.

Gustavo Guadagnini, Managing Director da The Good Food Institue no Brasil,
salienta que a indústria de alimentos já não consegue atender a demanda de produção de
alimentos com o sistema utilizado e que no futuro, se manter a mesma forma para a
produção, será inviável alimentar a população mundial. Ela “tem acesso à comida, mas
está destruindo o planeta para ter essa comida em taxas completamente insustentáveis”.

Para a produção atual de carne, de cada 10 calorias dadas para alimentar um animal, apenas
1 delas é utilizada pela indústria para a produção de carne. Isso é, perde-se 90% do que é
consumido para realizar a produção. Essa proporção seria diferente se o plantio fosse voltado
especificamente para alimentar os seres humanos e não para a indústria de carne.

Os integrantes da mesa-redonda trouxeram, em geral, que o maior desafio a ser enfrentado pela
indústria é: “COMO VAMOS ENCONTRAR SOLUÇÕES QUE SEJAM SUSTENTÁVEIS E QUE
ALIMENTEM TODAS AS PESSOAS QUE PRECISAM SER ALIMENTADAS?”.

A tendência do plant-based está a cada dia mais translúcida no pensamento dos empreendedores.
Para Pedro Vilela, CEO da Rise Ventures, os fornecedores em cadeia estão se reinventando para
conseguir atender essa nova demanda, e que união de forças para o investimento neste segmento
é primordial para saciar o desejo das pessoas por essa demanda. O mais importante é que a
indústria assimile que a inserção de porftólio plant-based não é uma ‘modinha’, mas é uma visão de
novo mercado. Eduardo Finelli, Gerente Sênior de Categorias de Nicho e Comercial da GPA, aponta
para o planejamento da indústria e da criação de parcerias com pequenos produtores regionais,
assim, essa demanda dos produtos naturais pode ser atendida mais rapidamente.

Mesmo com essa compreensão sobre a importância da inserção do plant-based na grande indústria, os
questionamentos e dilemas sobre o processamento de alimentos é visto como obstáculos a serem superados, principalmente quando comparados em relação a produção de produtos embutidos, como salsichas e outros ultraprocessados.

Para Paulo José Soares, presidente da GRSA Compass, esses dilemas estão relacionados
ao que já se conhece sobre produtos ultraprocessados, que utilizam todos os tipos de
carnes e produtos para conseguir obter uma produção de alta escala. A missão das
marcas é encontrar métodos de explicar para a população a diferença entre os produtos
processados à base de vegetais e os ultraprocessados que demandam de outras etapas da
cadeia de indústria de alimentos para a produção do alimento.

Além dessa missão, é adequada também a reflexão sobre esse novo desafio de produção em cadeia.
Os alimentos plant-based se propõem como alternativa para a adequação do paladar dos consumidores
de carne, que buscam mais nutrientes e não abrem mão das sensações e sabores que a carne animal
fornece. Normalmente, os grandes produtores nem ‘conversam’ com a comunidade vegetariana, pois
essa população já tem cativo o que lhe atende.

O portfólio dessa indústria é dar possibilidade de opção para os consumidores de carne animal, para que eles
não percam os ‘prazeres’ do sabor presente no seu cotidiano, mas que ganhem qualidade alimentar quando, por
exemplo, comerem um hamburguer em um fast food.

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