Pensar em formas de conquistar consumidores na Era Digital se torna em uma
tarefa de múltiplos caminhos. A tecnologia possibilitou aos seres humanos escolhas
mais inteligentes e, principalmente, mais holísticas. Dessa forma, os produtos precisam
atender o que o público deseja e ainda assim, estar contextualizado com as experiências
e tecnologias dessa nova era.
Para mostrar a importância da inserção das grandes empresas, a Coordenadora
de Inovação e Portfólio Manager da Nestlê, Juliana Glezer, explicou o plano de ação
da sua empresa através da palestra “A transformação digital e suas barreiras: cultura e
processo”, no 9º BHB Food.
O empoderamento tecnológico dos produtos da Nestlê foi feito por camadas,
principalmente para conseguir adequar todos os grupos de atuação a empresa. E para
entender como o consumidor quer ser tratado e o que ele deseja como produto, a Nestlê
preparou um processo de Design Thinking, com duração de 5 dias.
Nesse Design Thinking, os funcionários, desenvolvedores e o próprio público-alvo realizam um
download de informações para auxiliar na criação de novas ideias para as marcas da
empresa.
Juliana conta que as etapas da imersão de 5 dias consistem em criação de protótipos,
criação da marca, conceito e todas as outras etapas necessárias para a criação
de um novo produto que consiga adentrar os desejos dos consumidores. Dentro dessas
imersões, surgiu a ideia de construir uma parreira interativa para páscoa. Essa parreira
escolheria o ovo de páscoa para o consumidor que entrasse no espaço. Isso foi testado
com protótipos dentro da empresa, e depois, em parceria com estudantes universitários,
a ideia foi efetuada em um supermercado durante o período da páscoa. A maioria dos
consumidores mostram-se surpresos e gostaram da ideia de serem escolhidos por seus
ovos de páscoa.
Para coordenadora de inovação e portfólio manager, as “grandes indústrias ficam
com a vida útil reduzida quando não abraçam a área de transformação digital”. E para
planejar uma boa área, é fundamental conhecer seus públicos, com dados e também,
investir em estratégias de inovação, sejam tecnológicas como em parcerias. Por isso,
elas precisam alinhar seus propósitos com parceiros novos, como as startups, que
“encantam, são fáceis, convincentes e personalizadas”.
Uma das estratégias da Nestlê para conhecer melhor seu mercado e trabalhar a
transformação digital com mais eficiência foi a criação do ‘Open Inova’, uma máquina
– desenvolvida no Design Thinking – que seleciona os bombons prediletos do
consumidor através das suas escolhas. Isto é, é só você escolher e a máquina monta uma
caixa de chocolates exclusiva com seu gosto.
Essas e outras ações permitem uma inovação aberta, onde as empresas podem
explorar as possibilidades de trabalho com seu público e compreender a validação dos
seus conceitos por meio da fidelidade dos consumidores.
Juliana termina sua participação no 9º BHB Food dizendo que não existe receita
de bolo para obter bons resultados na transformação digital das marcas, mas que o
essencial é colocar em prática as ideias de inovação, testar o mais rápido possível,
independente do orçamento, e compreender que o crescimento da área é crescente.
Conheça seu público e entenda o que ele quer, assim, é possível adaptar-se aos seus
gostos.
Confira o depoimento da Juliana Glezer no BHB FOOD 2019: