Você conhece o design thinking? Ou faz parte do time que tem receios por desconhecer ou porque acha que é coisa de “gente descolada”?
Parece, mas não é assim! Por isso, estou aqui para dividir a minha experiência após um semestre de especialização em Design Thinking na @echos, cursos pontuais em Stanford e na Ideo, além de alguns workshops conduzidos com a @equilibrium_consultoria.
Antes de tudo, DESIGN THINKING (D.T.) é uma abordagem para inovar, colocando o ser humano no centro de tudo e tem como pilares a empatia, a colaboração e a experimentação. Em um formato interativo, e com equipe multidisciplinar, extrai a criatividade das pessoas, com auxilio da etnografia e de ferramentas para melhor entender o usuário, em um processo com diferentes etapas, que vai desde a ideação, testes, protótipos à iterações.
Confira o que observei e como isso pode transformar a indústria de alimentos:
Por que investir no D.T?
Lendo o parágrafo anterior, você entende o choque cultural? Há uma desconexão entre o D.T. e os processos convencionais de muitas organizações tradicionais. Equipes hierárquicas são engessadas e morrem de medo de fracassar, líderes sobrecarregados com muitos projetos dão pouca atenção às equipes, pressionam muito por sucesso, principalmente desempenho financeiro, e é justamente aí que boas ideias morrem.
É claro que o envolvimento da liderança faz a total diferença, mas times de diversas áreas devem ser envolvidos e engajados no processo como parte da inovação e do aprendizado. Afinal, todos são parte do processo e precisam fazer a coisa acontecer.
A solução não é mais tão óbvia, o mercado exige cada vez mais e o consumidor quer ser surpreendido.
Como o D.T. pode reinventar o mercado de alimentos?
A indústria de alimentos, ainda bastante concentrada em grandes players, principalmente na América Latina, tem trazido ao mercado formulações com inovação incremental, baseada em fórmulas de sucesso repetidas.
O D.T. pode interromper este ciclo com um olhar mais atento ao consumidor, uma observação do comportamento real, sem o viés de inúmeros dados de pesquisa, tão questionados hoje em dia.
Em relação às startups, se por um lado elas nascem com um processo de D.T. natural, quando o empreendedor itera inúmeras vezes pela grande liberdade para mudar, elas também podem usufruir do D.T. direcionando para um olhar menos centrado em sua ideia e produto, e mais voltado ao que usuário deseja.
Por que o D.T. seria diferente da contratação de consultoria de inovação?
Todos nós sabemos que precisamos sair de nossas confortáveis cadeiras do escritório e interagir com o consumidor, mas o tempo é curto e consultorias podem trazer esta visão para dentro dos escritórios.
Certamente elas ajudam em um determinado projeto, mas é provável que não resolvam, tampouco, mudem o mindset da companhia para a inovação. Por outro lado, o D.T. quando incorporado de forma contínua e assumido por líderes e diferentes tipos de equipe, pode levar ao foco na inovação disruptiva.
Hoje, a Equilibrium é representante oficial na América Latina, da metodologia de inovação em saúde e nutrição chamada FourFactors®, e traz em um workshop prático e assertivo, técnicas baseadas no D.T para desenvolvimento de novos produtos e posicionamento. Acesse o link para conhecer um pouco mais sobre essa metodologia.
O que o D.T. pode trazer de inovação ao mundo de alimentos?
Comer é um ato biopsicossociocultural, ou seja, vai além das funções que desempenham em nosso organismo, envolve nossas crenças e sentimentos. É um ato cheio de significados que vem com uma bagagem emocional e cultural.
Por isso, lançar um produto não é tão simples como copiar e colar produtos de sucesso de outros países que conhecemos em feiras. Para entregar produtos inovadores aos atuais consumidores, precisamos nos voltar para quem consome, e entender POR QUE consomem e COMO consomem.
E os pilares de empatia, colaboração e experimentação do D.T. fazem a diferença neste processo.
Por fim, se você também olha para a inovação, mas ela parece um processo confuso, lento ou burocrático, que entra em conflito com processos já estabelecidos, que tal fazer diferente?
Seja você é um gerador de mudanças, vem pro design thinking!
Por Cynthia Antonaccio para Food Ingredients South America
CEO Equilibrium