O setor de alimentos oferece uma grande variedade de possibilidades alimentares para as pessoas,
mas o que os profissionais da saúde responsáveis por desenvolver ações para tornar a nossa relação
com a comida e o corpo mais saudável pensam sobre a indústria de alimentos?
Carolina Godoy, diretora do Grupo Equilibrium Latam, explica que os nutricionistas se mantem observadores
sobre o grande mercado de alimentos. Atendando- se aos aspectos nutricionais dos alimentos presentes nas
gondolas. Mas que com a percepção das marcas de produzir uma alimentação baseada em novas tendências,
principalmente por considerar a saudabilidade como principio de composição dos alimentos, essa observação
abre algumas portas para a representação desses produtos.
Para conhecer o pensamento dos nutricionistas, o Grupo Equilibrium Latam aplicou, em seu banco de dados
de profissionais da área da nutrição, um questionário online, convidando esses especialistas a responderem
sobre as principais predisposições apresentadas em seus consultórios e atendimentos. A pesquisa, que atingiu nutricionistas de todo país, coletou as principais informações sobre a opinião dos nutricionistas sobre a
indústria e sobre a atuação da profissão.
Antes de trazer os principais resultados dessa pesquisa, é válido ressaltar que a profissão do nutricionista é uma
das profissões do futuro, com 0,39% de chance de acabar. É um mercado crescente, porque o interesse em hábitos saudáveis também está em uma constante. As pessoas estão mais preocupadas com seus hábitos alimentares e
com sua saúde. Assim, o profissional encontra um vasto campo de atuação para conseguir exercer a profissão.
Carolina conta que “nutricionista não é tudo igual” e isso pode ser percebido nas linhas de especialização de
cada um deles. De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas, existem 145.819 profissionais da área
formados pelo país. E 94,1% desses profissionais são mulheres. Mais de 70% desses profissionais já estão
na área ou se formaram a mais de 5 anos. Então, o conhecimento e o avanço das novas tecnologias sobre
alimentação foram vistos, em sua maioria, por esses profissionais.
Boa parte dessas nutricionistas são pulverizadas sobre comidas industrializadas,mantendo a neutralidade
para falar sobre o consumo desses alimentos. Desde que não ultrapasse o valor calórico diário ou não interfira
na saúde do paciente, o consumo pode ser ponderado. Entretanto, um novo mercado, com marcas voltadas as
tendências alimentares também ‘invadiu’ os consultórios brasileiros e fazem essas profissionais pensarem sobre
a inserção desses alimentos nos receituários de seus pacientes.
A maioria dessas nutricionistas buscam por “composição nos alimentos”. Isso é um grande critério para elas se
proporem a conhecer as sugestões da indústria. Hoje, 56% dessas profissionais utilizam suas redes sociais para
publicar marcas de produtos, sejam porque receberam como amostras das empresas – e postam como agradecimento – ou simplesmente porque acabam descobrindo esses produtos e querem recomendá-los aos seus pacientes.
Essa experiência como consumidoras é o grande diferencial para elas conhecerem as novidades do mercado.
Mais de 160 marcas estão listadas como marcas indicadas pelas nutricionistas. Isso mostra que, com opções
diferenciadas e que atendam as necessidades dos pacientes, as marcas conseguem integrar o cotidiano dos
consultórios nutricionais e, assim, ganham credibilidade entre os profissionais da saúde.