A PepsiCo, empresa transnacional estadunidense de alimentos, lanches e bebidas, vem trabalhando há um tempo em alternativas de trazer suas atividades para a energia renovável.
Como parte de uma meta global de redução emissões de gases em 20% até 2030, a empresa pretende atingir 100% de eletricidade renovável em todas as suas operações diretas nos EUA. A princípio, a instituição já possui energia renovável em sete locais dos EUA e começará a criar novos acordos de compra de energia que ajudam a financiar novos parques eólicos ou solares. A medida também está sendo tomada com a adesão de máquinas e veículos elétricos, assim, reduzindo o consumo de diesel.
A meta da PepsiCo de redução das emissões em 20% é baseada em ciência, traçada aos que os cientistas climáticos dizem ser necessário para manter o aquecimento global abaixo de dois graus Celsius. O processo para se tornar totalmente renovável tem sido lento, visto que a empresa começou com a instalação de energia solar há mais de uma década. Suas operações nos EUA, por exemplo, representam metade do seu consumo global de eletricidade.
Com as operações diretas representando aproximadamente 8% da sua pegada de carbono, as embalagens não
poderiam ficar de fora, já que representam 26% de sua pegada. Para ajudar a reduzir a vasta área que é ocupada por essas embalagens, a migração para embalagens recicláveis, biodegradáveis e compostáveis torna-se uma solução que vem sendo adotada por muitas empresa em escala mundial. É possível analisar tal transformação com os tubos de creme
dental da linha Smile For Good da Colgate, por exemplo. Substituindo plástico e alumínio por polietileno de alta densidade (HDPE), a empresa eliminar o desperdício de plástico e tornar os tubos parte da economia circular. Outra solução são os “panos encerados” da empresa brasileira Yamandu.Eco, que visam a substituição do plástico filme, papel alumínio ou potes de plástico para o armazenamento de alimentos. Os produtos são confeccionados com tecidos de reuso, óleo, cera e resina vegetal, tornando os 100% biodegradáveis, veganos e reutilizáveis.
Essa busca por alternativas sustentáveis e menos agressivas tem se tornado cada vez mais presente. Com um cenário totalmente desafiador em busca de um equilíbrio ambiental as marcas e produtos tem se reinventado constantemente, como no caso das latas de água da Ambev. Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), em 2017 o Brasil reaproveitou 97,3% das latas produzidas no país. Isso o posicionou como o país que mais recicla latas de alumínio no mundo, uma ótima oportunidade mercadológica lucrativa e sustentável.
O setor de alimentos e bebidas, em sua maioria, já está em transformação. As mudanças climáticas são provavelmente um dos maiores desafios que o sistema alimentar vem enfrentando. A conscientização desde a grande à pequena empresa contribui para que a responsabilidade ambiental se consolide cada vez na rotina do mercado global.
Fonte: Fast Company e Abralatas.