Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) gerou polêmica ao publicar um relatório ao qual relaciona o consumo de carnes processadas e vermelhas como fator para a causa de câncer de intestino, pâncreas e próstata. Mesmo dentro do meio científico, nutricionistas e médicos se posicionaram contra o alarde feito a população.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) diz que tomou nota do relatório da OMS e ressalta sua importante contribuição para ciência, mas que é importante destacar os benefícios nutricionais à saúde” proporcionados por estes alimentos uma vez que “foram comprovados por pesquisas científicas em todo o mundo”. A instituição ainda reitera seu compromisso e o de suas empresas afiliadas “em oferecer sempre o melhor produto para o consumidor e de continuar investindo no desenvolvimento de proteínas saudáveis por meio de ações que fomentem a segurança alimentar, a saúde do rebanho e, principalmente, a qualidade de carne”.
“Ao colocar a carne processada no grupo de carcinogênicos, ela fica no mesmo patamar que o fumo, por exemplo, em que a recomendação é não consumir”, diz o cirurgião oncologista Samuel Aguiar Junior, diretor do Departamento de Tumores Colorretais do A.C.Camargo Câncer Center. “Porém, o consumo esporádico e em pequenas quantidades de carne processada não leva a um aumento do risco de câncer comparável ao tabaco”, afirma.
Em resposta à polêmica gerada, a OMS emitiu um comunicado informando que as pessoas não devem parar de consumir carne e sim que, desde 2002, a organização recomenda o consumo moderado de carnes processadas para reduzir o risco de câncer.
FONTE: Portal G1 de Notícias