O quarto bloco do 9º BHB Food apresentou a importância do diálogo para a construção
de relações saudáveis entre pessoas, marcas e a comida. E para dar sequência a essa
conversa, Keyvan Macedo, Sustentabilidade de Marcas e Produtos da Natura e Ligia Camargo,
Head de Comunicação e Sustentabilidade da Danone colocam como condição entender esse
novo formato da era do consumo com propósito.
O tema sustentabilidade tornou-se um termo presente no vocabulário das pessoas, das
empresas e principalmente nos estilos de vida. Mesmo com essa presença, as marcas
sentem-se desafiadas para verbalizar a sustentabilidade na rotina das empresas.
Keyvan sinaliza que para começar a discutir a sustentabilidade, é primordial montar uma
rede interdependente. “As pessoas e as empresas não conseguem alavancar soluções
de uma agenda global se não se unirem”.
A pauta da agenda global, a preocupação mútua com o meio ambiente gera uma causa para
empresa, logo, isso determina um propósito, assim, as empresas conseguem, por meio do
engajamento, alcançar o que o consumidor deseja. “As marcas precisam se posicionar”,
porque isso não faz parte apenas de uma ‘viralização’, mas da composição dos compromissos
da empresa. Desse modo, ela alcança a credibilidade e a legitimidade do seu produto no setor.
E como ferramenta, as empresas podem utilizar a comunicação, com criatividade, simplicidade
e conectividade. A comunicação dessas empresas torna-se ativista, defendendo as causas
pertinentes ao seu público e as suas visões e valores.
Keyvan Macedo ainda salienta que a confiança do consumidor é conquistada gradativamente,
por meio da autenticidade da comunicação e da construção da trajetória da empresa, onde a
“marca pode incorporar uma reflexão”, ultrapassando os objetivos econômicos.
Agregar esse valor a marca também é um dos propósitos da Danone. Ligia Camargo traz a reflexão
sobre como nós estamos nos preparando para daqui 20 anos? Qual é o portfólio que as marcas estão
criando para atender seu público daqui 2 décadas? A tecnologia possibilita caminhos para a reflexão
sobre como as pessoas estão tratando o mundo. E, principalmente, cria processos de identificações
através dasações executadas por grupos e esses grupos se identificam também através das marcas.
A construção de portfólio deve atender o estilo de vida das pessoas, e hoje, a sustentabilidade se
enquadra em um estilo de vida.
No caso da Danone, o portfólio da empresa foi baseado na saúde, visando a “revolução alimentar,
em que o você come te transforma”. Desse modo, surgiram as preferências do público, que buscavam
produtos naturais, simples, com aproximação local e manuseio responsável. Assim, constrói-se um DNA
voltado para a inovação social.
A marca assumiu como meta o “compromisso com o planeta”. Desse modo, a empresa, com quase
100 anos, inovou em políticas sociais ligadas a marca, definiu prioridades para seu consumidor e avançou
no campo da sustentabilidade. A construção do propósito das marcas é atrelada a sua imagem e principalmente,
pela forma que ela se comunica com seu público.